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25/09/2015

CFO se posiciona contra prática ilegal de aparelhos dentários

A aplicação de aparelhos ilegais entre os adolescentes está preocupando os conselhos de odontologia. A prática é feita sem o acompanhamento de um especialista, representando grave risco à saúde. O Conselho Federal de Odontologia (CFO) se posiciona em sinal de alerta e orienta para que as pessoas não comprem o produto sem a indicação de um cirurgião-dentista, pois prejudicam sua saúde bucal, muitas vezes sem recuperação.

Para o cirurgião-dentista, especialista DDS e ph.D em Ortopedia Funcional dos Maxilares Eduardo Sakai, do CFO, os danos e prejuízos causados pelo uso e aplicação indiscriminados de produtos e procedimentos feitos sem conhecimento profissional podem também atingir a boca como um todo, destruindo o osso de sustentação dos dentes, a gengiva e seus ligamentos. Podem ainda abalar a estabilidade dos dentes por conta da força aplicada de maneira indiscriminada e alterar o funcionamento da ATM (articulação temporomandibular), causando, inclusive, dores na face, nos músculos da mastigação, forçados a funcionarem de modo inadequado.

Sakai alerta: “Outro aspecto que deve ser esclarecido é que o exercício ilegal da odontologia é crime”. Para ele, é muito importante essa ação do CFO em informar e alertar a população de que um produto não especializado, como um aparelhinho pago em camelôs, não é algo que possa satisfazer somente a estética. “Saúde não pode ser confundida com modismo inconsequente”, afirma Sakai, membro do CFO.

Para o cirurgião-dentista Ricardo Cruz, presidente da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial (Abor) – que reúne ortodontistas de todo o país –, é preocupante o uso desses produtos por pessoas não habilitadas e sem a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pois a cola usada para fixar os aparelhos pode prejudicar o esmalte dos dentes e ocasionar lesões na mucosa da boca, além de problemas ao organismo, por se tratar da ingestão de um produto tóxico, “com o risco, inclusive, do uso de produtos cancerígenos, podendo causar retração na gengiva, perda óssea e lesões que levam à perda dos dentes”, diz Cruz.

Segundo levantamento da Anvisa, todos os produtos usados em tratamentos que entram em contato com o corpo humano devem ser regularizados na agência. De acordo com o mestre em Odontologia Legal Malthus Galvão, pelo Código Penal, podemos cogitar o crime de lesão corporal (art. 129), culposo ou até doloso, por dolo eventual, hipótese em que o autor assume o risco de produzir o resultado. No mesmo diploma legal, o crime de perigo para a vida ou saúde de outrem (art. 132) também pode ser cometido.

São sempre necessários a orientação e o acompanhamento de um cirurgião-dentista, pois o que seria para corrigir problemas de fala e dentição, entre outros, pode virar símbolo de poder econômico e modismo, com o perigo de se espalhar por todo o país, criando uma rede clandestina de venda e se instalando como um problema de saúde pública. Fonte: Depto de Comunicação do CFO

Bem-estar, Tratamentos
CFO se posiciona contra prática ilegal de aparelhos dentários

29/09/2015

Falta de higiene bucal pode trazer complicações ao coração

Pouca gente sabe, mas a falta de uma boa higienização da boca pode acabar trazendo problemas ao coração. A doença leva o nome de Endocardite, uma infecção que atinge parte da membrana mais interna do coração, o endocárdio, que está em contato direto com o sangue interno. Pela forte pressão sanguínea local, essa região é pouco protegida pelo sistema imunológico, o que também dificulta seu tratamento eficiente.

O que provoca a Endocardite é a bactéria Streptococcus Viridans, que habita normalmente a boca sem provocar qualquer dano. Mas, ao entrar na corrente sanguínea, pode causar diversos efeitos no sistema cardiovascular. “Infecções de origem dentária estão entre as principais causas da endocardite infecciosa. A periodontite, por exemplo, caracterizada pela inflamação das gengivas,pode estar associada ao desenvolvimento dessa doença cardiovascular”, alerta o José Henrique de Oliveira (foto), diretor de Operações e Credenciamento do INPAO Dental.

Para evitar essa doença, responsável por significativa taxa de mortalidade, o cirurgião dentista garante que uma boa higiene bucal é a principal recomendação para o tratamento de todos os pacientes, particularmente os de alto risco como, por exemplo, os portadores de doenças ou lesões de válvula cardíaca e cardiopatias congênitas, como o sopro no coração.

“Havendo necessidade de algum tipo de intervenção odontológica, os portadores de tais doenças devem comunicar o cirurgião dentista e levar declaração do cardiologista informando a necessidade de uma antibioticoterapia preventiva”, alerta.

Alguns procedimentos odontológicos requerem uma profilaxia antibacteriana, ou seja, um conjunto de medidas que têm por finalidade prevenir ou atenuar as doenças, suas complicações e conseqüências. Entre os mais comuns estão os que induzem ao sangramento como, por exemplo, as manipulações invasivas (exodontias, cirurgias de implantes, tratamentos periodontais e endodônticos) e não invasivas (limpeza e colocação de aparelho ortodôntico com banda).

“Como sabemos, a ação bacteriana é um fator de risco. Os pacientes devem ser incentivados a usar fio de dental regularmente e escovar os dentes com um creme dental que oferece proteção antibacteriana. Essa prevenção é essencial para o controle dos problemas bucais associados à doença cardiovascular”, finaliza o José Henrique. Vale lembrar que o tratamento odontológico deve concentrar-se na prevenção de enfermidade periodontal e inflamação bucal.

Fonte: Dentista Hoje

Bem-estar, Doenças
Falta de higiene bucal pode trazer complicações ao coração